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E então foi assim. Um dia eu estava na casa da minha filha - só eu e meu netinho lindo de 2 anos. Todos tinham saído, para trabalhar, para estudar. Ficamos eu e meu neto.
Tudo certo, tudo normal até a hora em que resolvi sair para o jardim para fumar. Coisa errada, vício horrível, mas hábito que tinha àquela época.
Até aí tudo bem, se eu tivesse levado em consideração que a porta do jardim era ruim de abrir / ruim de fechar. Se alguém "virasse" a chave um milímetro fora do espaço a porta não abria.
Até aí tudo bem, se eu tivesse levado em consideração que uma criança de 2 anos não sabe bem o que faz, e não tem culpa nenhuma disso.
Até aí tudo bem, até que meu netinho lindo, resolveu girar a chave na porta ao me ver do lado de fora ( a porta para o jardim é de vidro) e simplesmente me "trancou" pelo lado de fora !
Eu não estava com o celular-salvação. Eu não tinha como abrir a porta pelo lado de fora. Eu não tinha como me comunicar com o mundo. A vizinha não estava em casa ( é do outro lado da "cerca") . Eu simplesmente passei os 5 minutos mais desesperadores da minha vida! Meus pensamentos eram:
- Estou trancada do lado de fora. Como vou alimentar a criança qua está aos meus cuidados?
- Chamar a polícia ? Como? No grito ? Na Inglaterra?
- Rezar? Eu rezei. Eu pedi. Eu supliquei.
E minhas rezas e súplicas foram atendidas. Por algum motivo que ainda não sei, meu neto de 2 anos percebeu meu desespero do outro lado de porta de vidro e "resolveu" mexer na chave que ele havia girado sem querer. Ele conseguiu desfazer o que havia feito.
A porta se abriu e eu caí de joelhos agradecendo a Deus por ter dado tudo certo.
Tem coisas que acontecem para nos colocar à prova. Seja medo, seja dor, seja pavor. Eu passei alguns momentos horríveis de medo esse dia. Aqueles minutos "presa" foram infinitos, principalmente vendo meu neto do outro lado da porta - com a chave da vida e do desespero meu em suas pequenas e inocentes mãos.
Foi uma experiência para não mais esquecer, com certeza.
Tenham uma boa semana!
beijos,
Tina