Monday, April 25, 2016

Meus 2 peixinhos.

Monday, April 25, 2016 0
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Faz tempo, faz muito tempo de verdade e eu morava sozinha. Então resolvi que deveria ter uma companhia. Cachorro? Não! (tenho trauma de infância - um dia faço um post sobre isso). Gato? Nem pensar (eles não gostam dos donos, eles gostam da comida).

Qual a solução ? Peixinhos de aquário, pequenos e alegres. E eu resolvi comprar um casal de peixes. Eles tinham nome e eu sabia quem era quem : Bob e Claire !

Duas pequenas e lindas criaturinhas que eu cuidei e alimentei por vários meses. Eu comprava água no supermercado para colocar no aquário deles, que tinha pedrinhas, matinho verde boiando e comidinha para peixe que tinha que ser dada uma vez por dia.

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Eu curti muito o meu casal de peixinhos. Não davam trabalho, não latiam ou miavam. Nadavam felizes no aquário limpo que eu lhes proporcionava. Coisa boa de ver o casal nadando alegre.

E eis que um belo dia eu vou checar o aquário e adivinhem? Da noite para o dia, aconteceu. meu peixinho Bob estava boiando no aquário. Já não tinha mais dois peixinhos. Claire estava lá, nadando só. Bob havia partido.

Eu fiz o que tinha que fazer, fiquei triste mas arrumei a "casa" de novo para Claire. Fiz o que sempre fazia, troquei água, alimentei.  Claire não resistiu nem míseras 3 semanas de solidão. Morreu. E eu assinei meu testamento onde constava NUNCA mais ter pets, peixes, etc, etc...

Eu não gosto de ter animais em casa. Bob e Claire  foram as minhas únicas tentativas. Eu não maltrato animais, jamais faria isso. Eu simplesmente não os tenho / adoto. Prefiro que continuem felizes no seu próprio habitat. De verdade.

Adotar / criar animais (sejam eles pássaros, peixes, cães ou gatos)  na minha opinião é procurar um novo jeito de sofrer, de se preocupar por pura escolha.  Prefiro não.

Fico com as crianças e a alegrias que elas trazem às nossas vidas. Minhas filhas e meus netos.

E assim a gente vai levando.

Boa semana a todos.

beijos,

Tina

Monday, April 18, 2016

Coisas de mãe.

Monday, April 18, 2016 0
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"O tempo, pouco a pouco, me liberará da extenuante fadiga de ter filhos pequenos, das noites sem dormir e dos dias sem repouso. Das mãos gordinhas que não param de me agarrar, que me escalam pelas costas, que me pegam, que me buscam sem cuidados, nem vacilos. Do peso que enche meus braços e curva minhas costas. Das vezes que me chamam e não permitem atrasos nem esperas.

O tempo me devolverá a folga aos domingos e as chamadas sem interrupções, o privilégio e o medo da solidão. Acelerará, talvez, o peso da responsabilidade que as vezes me aperta o diafragma. O tempo, certamente e inexoravelmente esfriará outra vez a minha cama, que agora está aquecida de corpos pequenos e respirações rápidas. Esvaziará os olhos de meus filhos, que agora transbordam de um amor poderoso e incontrolável. Tirará de seus lábios meu nome gritado e cantado, chorado e pronunciado cem mil vezes ao dia. 

Cancelará, pouco a pouco ou de repente, a confiança absoluta que nos faz um corpo único, com o mesmo cheiro, acostumados a mesclar nossos estados de ânimo, o espaço, o ar que respiramos.
Como um rio que escava seu leito, o tempo perigará a confiança que seus olhos têm em mim, como ser onipotente, capaz de parar o vento e acalmar o mar, consertar o inconsertável e curar o incurável. 

Deixarão de me pedir ajuda, porque já não acreditarão mais que em algum caso eu possa salvá-los. Pararão de me imitar, porque não desejarão parecer-se muito a mim. Deixarão de preferir minha companhia em comparação com os demais (e vejo, isto tem que acontecer!).

Se esfumaçarão as paixões, as birras e os ciúmes, o amor e o medo. Se apagarão os ecos das risadas e das canções, as sonecas e os "era uma vez... Com o passar do tempo, meus filhos descobrirão que tenho muitos defeitos e se eu tiver sorte, me perdoarão por alguns deles. 

Eles esquecerão, mas ainda assim eu não esquecerei. As cosquinhas e os "corre-corre", os beijos nos olhos e os choros que de repente param com um abraço, as viagens e as brincadeiras, as caminhadas e a febre alta, as festas, as papinhas, as carícias enquanto adormecíamos lentamente.
Meus filhos esquecerão que os amamentei, que os balancei durante horas, que os levei nos braços e ás vezes pelas mãos. Que dei de comer e consolei, que os levantei depois de cem caídas.Esquecerão que dormiram sobre meu peito de dia e de noite, que houve um dia que me necessitaram tanto, como o ar que respiram. 

Esquecerão, porque é assim mesmo, porque isto é o que o tempo escolhe. E eu, eu terei que aprender a lembrar de tudo para eles, com ternura e sem arrependimentos, incondicionalmente. E que o tempo, astuto e indiferente, seja amável com estes pais que não querem esquecer." 
(Autor desconhecido)

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Eu achei esse texto na Net, e infelizmente desconheço autoria. Mas é verdadeiro, é real. E quem é mãe sabe bem do que o texto fala. Triste, mas real. Verdadeiro. Isso acontece mesmo. E dá uma dor danada...

Boa semana a todos.

"Filhos a gente cria para o mundo".

beijos,

Tina 

Monday, April 11, 2016

Velhos tempos, e um pneu furado.

Monday, April 11, 2016 0
Serra das Araras - Imagem da Net

Eram velhos tempos.  Viagem. Rodovia Pres. Dutra. Topo da Serra das Araras, e um pneu furado...

Esses foram os "ingredientes" de uma aventura que vivi  quando tinha 21 anos, sério mesmo.

Eu havia me mudado (de volta) para São Paulo, eu tinha meu apartamento, morava sozinha na boa e muito feliz. Tinha bom emprego e tudo caminhava bem em minha vida.

Sentia saudade do Rio de Janeiro, afinal havia morado lá por mais de 15 anos e minha mãe morava lá e, eu ainda tinha o "Rio" em minhas veias: fim de semana no Rio era o que havia de bom naquela época. (eu saí do RIO , mas o RIO não saiu de mim e nem sairá!)

Numa 6f depois do trabalho, peguei meu "super fusca amarelo-mostarda" e decidi ir para o Rio visitar minha mãe.  E fui. (sem avisar minha mãe, pois sabia que ela ficaria preocupada.)

Peguei a Rodovia Dutra e embalei na viagem. De noite. Eu me lembro bem que enquanto na estrada, sempre dava "sinal de farol" para os caminhões, pois achava que se algo me acontecesse na estrada, algum "caminhoneiro amigo" poderia parar para me ajudar. Tempos inocentes, pessoa nova e sem noção do perigo. Corajosa! Velhos e bons tempos. Com certeza. Bobinha até perder de vista.

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E lá fui eu, dirigindo sozinha, afinal são 430 Kms de São Paulo até o Rio de Janeiro, ou seja: de Fusca, a gente levava pelo menos 6 horas para chegar até Copacabana.  Eu fui indo e quando cheguei no topo da Serra das Araras ( de onde eu sei que falta apenas 1 hora para chegar ao Rio) adivinhem ? Eu vejo um carro parado, com pneu furado e um homem fazendo sinal  para eu parar, pedindo ajuda.

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E sabem o que a pessoa aqui fez?  PAROU para ajudar!!! Pode isso ? Não ajudar não faz parte do meu modo de vida.

Simplesmente no topo da Serra das Araras, no meio da madrugada, eu com 21 anos , PAREI meu carro para ajudar o pobre-sozinho-motorista-homem-desconhecido que precisava de ajuda !

O homem veio até meu carro e perguntou se eu tinha um "macaco" para que ele pudesse trocar o pneu do carro dele. Eu respondi que tinha e falei pode pegar aí atrás - mas me devolva por favor - e não saí do carro ( pelo menos ...).

O "homem" pegou o macaco, trocou o pneu dele enquanto eu esperava dentro do meu carro, (pensando no que havia feito), e depois de 15 minutos ele veio e me devolveu o macaco.

Agradeceu muito e foi embora. Eu também agradeci muito a Deus e prossegui minha viagem até o Rio de Janeiro. Cheguei na casa da minha mãe sã e salva! Podem acreditar.


Até hoje eu não acredito como pude fazer isso, honestamente. Tenho certeza de que eram outros tempos e a minha vontade de ajudar sempre foi maior que tudo. Não consigo imaginar uma "cena" dessas nos tempos atuais, não mesmo. A ingenuidade, os anos 70, a juventude, o "medo zero" nos levam a caminhos desconhecidos e a caminhos do bem, também...Amém!

Aconteceu comigo nos anos 70 e deu tudo certo. Fazer o bem sem olhar a quem.(?)


Boa semana a todos.

beijos,


Tina

Monday, April 04, 2016

Testemunha ocular.

Monday, April 04, 2016 0
Gol 1000 !  Imagem da Net
O lado bom  de estar vivendo a "melhor idade" é  que a gente foi e (ainda) é  testemunha  ocular de muitas coisas, de muitos fatos históricos ocorridos no Séc. XX e alguns no Séc. XXI que estão por chegar !  Coisas que só a idade nos proporciona, naturalmente.

Por  exemplo: eu vi,  eu estava no  Estádio do Maracanã  no dia 19 de Novembro de 1969 com  meu querido Maninho - afinal ele é Vascaíno - e o jogo era Vasco x Santos !   Eu sou tricolor  no  Rio e em São Paulo , mas nada demais ir ao jogo, afinal a partida prometia um feito histórico. Eu vi o gol 1000 do Pelé ! Ao vivo e à cores !
 
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Eu me lembro  ainda que o goleiro do Vasco  se chamava Andrada, o  gol foi de pênalti  e o placar foi 2x1 para o Santos. Lembro  também que depois  do gol 1000 o  jogo acabou, teve  volta olímpica e umas 200 fotos foram tiradas  pela imprensa oficial ( imaginem se já houvesse celular !...)

O Maracanã ainda era o bom, velho e original estádio.  Lindo, redondo, perfeito. Eu vi, eu fui, eu vivi este momento especial quando "ainda"  éramos o País do futebol !  E era arte, era brilhante,  era puro  e era com certeza, a alegria do povo. Bons tempos.
 

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Tem coisas, fatos, momentos que só a longevidade nos permite dar testemunho. Pena que hoje em dia nada mais  disso existe, nem futebol, nem bons jogadores,  nem Seleção  Brasileira para  se  orgulhar. Hoje é só lembrar da vergonha da corrupção na FIFA, do 7 x 1, do(s) Gooool(s) da Alemanha...

Pelo menos , eu vivi os bons tempos. Futebol brasileiro também é coisa de idade, com certeza. Outra era. Outro tempo, outro futebol. Pena.


Vamos em frente. Boa semana a todos.


beijos,


Tina



E.T.:  Uma pessoa muito importante na minha vida faz aniversário hoje! Feliz novo tempo!





 
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