É necessário determinação, imaginação e criatividade para resolver complexos problemas ecológicos e estar disposto a fazer grandes esforços para garantir que cada um de nós atue de forma responsável em termos ecológicos. Isto é um propósito e deve ser cumprido.
Aquecimento Global: Por que devemos nos preocupar.
"O aquecimento global é o maior desafio ambiental enfrentado pela humanidade. O recém-lançado quarto relatório do Grupo de Trabalho I do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU é contundente ao afirmar, com 90% de confiança, que as atividades humanas são a causa principal do aquecimento global observado nos últimos 50 anos e aponta o acúmulo de gases de efeito estufa, notadamente o dióxido de carbono, o metano e o óxido nitroso, cujas concentrações atmosféricas são as mais altas em pelo menos 650 mil anos de história do planeta, como os principais responsáveis.
O relatório projeta que até o final do século XXI a temperatura média global pode subir de 2ºC a mais de 4ºC e o nível médio do mar aumentar entre 28cm e 59cm. Algum grau de mudanças climáticas já se tornou inevitável, pois não é mais possível reverter totalmente o aquecimento global. Durante o século XX a temperatura média global aumentou 0,74ºC e já são visíveis mudanças climáticas como secas e tempestades mais intensas, derretimento de geleiras e aumento do nível do mar.
As mudanças climáticas que podem ocorrer neste século irão afetar profundamente todos os habitantes e todas as formas de vida. Este módulo irá apresentar o estado da arte mundial da ciência sobre o aquecimento global e seus impactos na sociedade e nos ecossistemas. Irá, além disso, servir como fórum de discussão crítica sobre o necessário balanço entre ações urgentes para reduzir o perigo do aquecimento global e ações igualmente urgentes que busquem adaptação às mudanças climáticas que já se tornaram inevitáveis."
Texto de Carlos Nobre, Doutor em climatologia pelo MIT, pesquisador do INPE e presidente do IGBP (Programa Internacional Geosfera-Biosfera) no período 2006-2008.
Era assim em 1928. Hoje está assim...
Só depende de nós deixar um mundo "habitável" para as futuras gerações.
O prédio acima é um projeto dos chamados "Prédio Verdes" - Fotomontagem do Eldorado Business Tower, em SP: a obra do complexo utilizará material reciclado, como madeira certificada e aço.
Hoje existem cerca de 700 prédios verdes em países como Estados Unidos, Inglaterra e Índia, reconhecidos pela única certificação aceita internacionalmente, a Leed, sigla em inglês para Liderança em Energia e Design Ambiental. Mais 2 000 deles estão sendo erguidos atualmente apenas em território americano. Até agora, no Brasil, há apenas um prédio concluído que segue as recomendações Leed o de uma agência do banco ABN Amro Real, inaugurada em janeiro deste ano e localizada em Cotia, na Grande São Paulo. Entre outras características sustentáveis, a agência armazena energia solar durante o dia e a transforma em iluminação elétrica das áreas de auto-atendimento à noite. A idéia é criar um campo de testes para as agências do banco que serão abertas a partir de agora no país.
Outros três prédios verdes devem ficar prontos no Brasil ainda neste ano. Dois desses projetos são da incorporadora americana Tishman Speyer: o Ventura Corporate Towers, no Rio de Janeiro, e o Rochaverá Corporate Towers, em São Paulo, conjunto de quatro prédios que devem compor o maior empreedimento sustentável do país . O terceiro é o Eldorado Business Tower, da Gafisa, situado próximo à marginal do Pinheiros, na zona oeste de São Paulo.
O conceito de construção sustentável surgiu pela primeira vez com a crise do petróleo nos anos 70, quando os altos preços da energia levaram à busca por sistemas alternativos e mais baratos, como a geração própria. Os primeiros prédios verdes foram construídos na Holanda, na Alemanha e nos países nórdicos. A sede do Parlamento alemão, por exemplo, tem um gerador que não só produz a própria energia com base em combustíveis renováveis como envia o excedente para construções vizinhas. Só mais tarde essas construções ambientalmente corretas apareceram nos Estados Unidos e na Ásia. Nos últimos anos, as discussões em torno do aquecimento global elevaram o tema da sustentabilidade ao topo da prioridade das maiores empresas do mundo e ajudaram a despertar o interesse por métodos construtivos sustentáveis.
"O custo de construção do prédio verde é maior do que o de projetos convencionais", diz Roberto de Souza, diretor do Centro de Tecnologia de Edificações (CTE), empresa que presta consultoria aos interessados em construção sustentável. "Mas esse valor extra acaba se pagando pela economia gerada depois que o edifício entra em operação." Segundo o consultor, graças ao aumento de escala e à adoção de novas tecnologias, o custo de produção de um imóvel verde vem caindo rapidamente. Há alguns anos, a obra de um prédio verde custava até 8% mais que a de um prédio comum. Hoje, o valor não ultrapassa os 2%. "O tempo médio que um projeto sustentável demora para se pagar é de apenas dois anos", diz Nelson Faversani, gerente de obras da Tishman Speyer, que supervisiona as obras dos edifícios Ventura e Rochaverá, no Rio de Janeiro e em São Paulo, respectivamente. "A partir daí, ele começa a gerar lucro."
Além da redução nas contas de luz e água, a certificação de prédios verdes também considera características que melhorem o bem-estar de quem trabalha neles. Um desses aspectos é permitir a visão externa para o maior número possível de usuários.
Adaptado do artigo de Marcelo Cabral Revista Exame - 02/2007
Achei muito interessante essa matéria e considero uma importante contribuição para a melhoria que tanto necessitamos. Tomara que continuem a pensar e agir desta forma. Tomara. O planeta agradece.
Este post faz parte da blogagem chamada pelo Lino e lá vocês encontram os participantes e podem juntar-se a nós: garanto que a causa é mais do que válida.
beijos,
Tina