

Moscou faz rever conceitos políticos e estéticos, exige a todo momento uma interpretação de sua própria história, construída por uma incrível capacidade humana de transformação.
Da Rússia czarista, passando pelo período soviético e assimilando o mundo moderno em apenas um século, três cidades parecem ter sido construídas no mesmo lugar. No entanto, em vez de desconfigurar a cidade, essa conturbada história de sucessivas e violentas mudanças criou uma cidade de identidade própria, onde catedrais do século XV dividem espaço com monumentos comunistas, onde déspotas brutais conviveram com gênios da arte e onde a aparente frieza de seu povo rapidamente dá lugar ao espírito de diversão.

Desde o fim da União Soviética (1991), Moscou passou a experimentar as liberdades e as desilusões do capitalismo, que lá chegou de forma avassaladora. Quem esteve em Moscou há dez anos vai encontrar agora uma metrópole frenética. As lojas de departamentos deram lugar a butiques de marcas famosas, a vida noturna é uma das mais agitadas da Europa (se estamos na Europa). Há hotéis luxuosos e modernos, e arranha-céus são construídos para abrigar empresas dos mais diversos setores.
Com a febre das mudanças também chegaram o abismo social (é a cidade com o maior número de bilionários do mundo!) e o consumismo. Uma nova geração, para quem Stálin, Brejnev e Gorbatchov são múmias de museu, se mostra ávida por novidades do mundo da moda e da música. O metro de Moscou é um dos mais belos do mundo, sabiam? E custa bem pouco. Mas ainda existem os resquícios do passado, e são perceptíveis. (fotos da Net)

E nunca foi tão fácil visitar a Rússia. Lembre-se de que no passado Moscou sempre resistiu aos invasores, mas isto é passado. Visitar Moscou é uma idéia, não?
beijos e boa 4 feira !
Tina