Texto publicado pela UBM em março de 2007:
1 - Vida:
- Ganhamos menos e somos 30% das responsáveis pela família. O desemprego e o subemprego atingem níveis recordes, a violência alcançou índices elevados e a violência no trabalho e doméstica tem sido constantemente denunciadas. As mulheres engrossam as fileiras do trabalho informal, sem direitos sociais e trabalhistas.
- Destacamos-nos entre os mais pobres. Este é o resultado da economia neoliberal que retira os recursos públicos sociais e favorece o setor financeiro ao invés de investir nas áreas produtivas criando oportunidades de trabalho e melhorando a vida das mulheres que são as mais atingidas pela precarização do trabalho.
- Vivemos violências pelo simples fato de sermos mulheres. Raça, classe, etnia, trabalho, geração, nos espaços doméstico e público, seja pela exploração sexual, tráfico (mulheres jovens e negras de 15 a 25 anos); violência doméstica; uma a cada quatro meninas sofre abuso sexual na infância; o homicídio é a 1ª causa de morte de mulheres entre 15 a 29 anos; 75% dos refugiados do mundo são crianças e mulheres; violência no trabalho/assédio sexual e moral.
2 - Resistência:
- Resgata: a luta das 129 operárias da Têxtil Cotton de Nova Iorque (séc.XIX), que foram queimadas vivas por reivindicarem uma jornada de trabalho já conquistada pela classe operária.
- Significa: as lutas e as conquistas, mas principalmente a denuncia do desrespeito aos direitos conquistados;
- Representa: a ousadia cotidiana das mulheres que, apesar dos direitos legais conquistados, se mantém ativas e organizadas para que na vida eles sejam respeitados.
- Fortalece: a luta contra a situação de desigualdade de condições para o acesso ao trabalho no dia-a-dia na luta pela sobrevivência.
- Reforça: a consciência de que a organização das mulheres é fundamental na luta rumo à igualdade e a justiça social.
- Reafirma: nossa participação à luta anti-imperialista, contra Bush, em defesa da paz e da soberania dos povos.
3 - Vitórias:
- Mais espaço no mercado de trabalho: demonstramos competência.
- Nossas vidas se tornaram visíveis para o mundo - antes vista no âmbito das relações pessoais e do doméstico e agora tratadas politicamente, na esfera pública.
- O reconhecimento social da desigualdade entre homens e mulheres e a realidade de não termos garantidos plenamente na vida, os direitos conquistados - são direitos humanos fundamentais e conquistamos políticas públicas compensatórias.
- Conhecemos melhor nossa própria realidade, demonstrada nos escandalosos números sobre o trabalho precário e pauperização das mulheres, violência doméstica e no trabalho, por isso queremos mais direitos e políticas públicas afirmativas para garantir atingir a igualdade, respeitadas as diferenças.
4 - Desafios:
- Continuar construindo o sonho por uma sociedade de igualdade, pela paz e isto, entre outras conquistas, implica em lutar para fortalecer a democracia, por um desenvolvimento com distribuição de renda e de riqueza para as mulheres e para todo o povo;
- garantir direitos conquistados e continuar a luta contra o desemprego e pela valorização do trabalho da mulher, combatendo a precarização e a discriminação;
- defender a aplicação da Lei Maria da Penha nos casos de violência doméstica e denunciar o assedio sexual e moral no trabalho.
- avançar na conquista de políticas públicas que garantam a igualdade de oportunidades para as mulheres e condições para o enfrentamento de qualquer tipo de discriminação e violência.
- organizar e somar forças para romper as barreiras de classe e construir uma sociedade justa, socialista, com a emancipação das mulheres e de todo o povo."
Precisamos lutar para continuar a conquistar e principalmente para manter tais preceitos em prática. É direito. É nosso."
Este post faz parte da blogagem coletiva chamada pela Meire e pela Lys sobre a Valorização da Mulher e lá vocês encontram todos os participantes.
Ótimo dia à todas!
beijos e bom fim de semana,
Tina
"Nossas vidas estão desenhadas pelas lutas históricas de resistência à opressão. A realidade denuncia a escandalosa desigualdade social e nas relações entre homens e mulheres e que se aprofundam quando se trata das mulheres negras.
1 - Vida:
- Ganhamos menos e somos 30% das responsáveis pela família. O desemprego e o subemprego atingem níveis recordes, a violência alcançou índices elevados e a violência no trabalho e doméstica tem sido constantemente denunciadas. As mulheres engrossam as fileiras do trabalho informal, sem direitos sociais e trabalhistas.
- Destacamos-nos entre os mais pobres. Este é o resultado da economia neoliberal que retira os recursos públicos sociais e favorece o setor financeiro ao invés de investir nas áreas produtivas criando oportunidades de trabalho e melhorando a vida das mulheres que são as mais atingidas pela precarização do trabalho.
- Vivemos violências pelo simples fato de sermos mulheres. Raça, classe, etnia, trabalho, geração, nos espaços doméstico e público, seja pela exploração sexual, tráfico (mulheres jovens e negras de 15 a 25 anos); violência doméstica; uma a cada quatro meninas sofre abuso sexual na infância; o homicídio é a 1ª causa de morte de mulheres entre 15 a 29 anos; 75% dos refugiados do mundo são crianças e mulheres; violência no trabalho/assédio sexual e moral.
2 - Resistência:
- Resgata: a luta das 129 operárias da Têxtil Cotton de Nova Iorque (séc.XIX), que foram queimadas vivas por reivindicarem uma jornada de trabalho já conquistada pela classe operária.
- Significa: as lutas e as conquistas, mas principalmente a denuncia do desrespeito aos direitos conquistados;
- Representa: a ousadia cotidiana das mulheres que, apesar dos direitos legais conquistados, se mantém ativas e organizadas para que na vida eles sejam respeitados.
- Fortalece: a luta contra a situação de desigualdade de condições para o acesso ao trabalho no dia-a-dia na luta pela sobrevivência.
- Reforça: a consciência de que a organização das mulheres é fundamental na luta rumo à igualdade e a justiça social.
- Reafirma: nossa participação à luta anti-imperialista, contra Bush, em defesa da paz e da soberania dos povos.
3 - Vitórias:
- Mais espaço no mercado de trabalho: demonstramos competência.
- Nossas vidas se tornaram visíveis para o mundo - antes vista no âmbito das relações pessoais e do doméstico e agora tratadas politicamente, na esfera pública.
- O reconhecimento social da desigualdade entre homens e mulheres e a realidade de não termos garantidos plenamente na vida, os direitos conquistados - são direitos humanos fundamentais e conquistamos políticas públicas compensatórias.
- Conhecemos melhor nossa própria realidade, demonstrada nos escandalosos números sobre o trabalho precário e pauperização das mulheres, violência doméstica e no trabalho, por isso queremos mais direitos e políticas públicas afirmativas para garantir atingir a igualdade, respeitadas as diferenças.
4 - Desafios:
- Continuar construindo o sonho por uma sociedade de igualdade, pela paz e isto, entre outras conquistas, implica em lutar para fortalecer a democracia, por um desenvolvimento com distribuição de renda e de riqueza para as mulheres e para todo o povo;
- garantir direitos conquistados e continuar a luta contra o desemprego e pela valorização do trabalho da mulher, combatendo a precarização e a discriminação;
- defender a aplicação da Lei Maria da Penha nos casos de violência doméstica e denunciar o assedio sexual e moral no trabalho.
- avançar na conquista de políticas públicas que garantam a igualdade de oportunidades para as mulheres e condições para o enfrentamento de qualquer tipo de discriminação e violência.
- organizar e somar forças para romper as barreiras de classe e construir uma sociedade justa, socialista, com a emancipação das mulheres e de todo o povo."
Precisamos lutar para continuar a conquistar e principalmente para manter tais preceitos em prática. É direito. É nosso."
Este post faz parte da blogagem coletiva chamada pela Meire e pela Lys sobre a Valorização da Mulher e lá vocês encontram todos os participantes.
Ótimo dia à todas!
beijos e bom fim de semana,
Tina
Avançamos muito mas precisamos tomar o poder!
ReplyDeleteTina, entre lutas e vitórias, a vida caminha e a gente precisa de unir em busca de um mundo melhor.BFsemana,dupla mãe.Beijos e dias felzies
ReplyDeleteFELIZ DIA INTERNACIONAL DA MULHER.
ReplyDeleteBig Beijos
Que lindo post. Cada uma de nós, em todas as nuances de cor e credo, somos tambem responsaveis pelas pequenas e grandes mudanças no nosso mundo e para melhor. Beijos e parabens tb pelas suas conquistas,
ReplyDeleteCamille
Parabéns pelo seu dia, minha amiga!
ReplyDeleteQue voce seja a mais poderosa das mulheres!
Um beijo!
Obrigada por sua visita lá na minha Saia.
ReplyDeleteMuito bem lembrado o texto que vc colocou aqui.
Mas só conseguiremos vencer as barreiras que se apresentam no seu dia a dia se lutarmos, juntas e unidas.
Feliz dia da Mulher e tudo de bom para vc e seu bebê.
Adorei o post, Tina. Merecemos sempre mais. Né?
ReplyDeleteBela escolha! Do texto e da imagem. Excelente post! Boa semana, amiga.
ReplyDeleteViver, resistir, ganhar, enfrentar desafios. Quatro pontos que você tocou, os quatro cantos do mundo, os quatro pilares para serem o alicerce desta nossa vida rumo a lua, brilhando sempre. Boa semana!
ReplyDeleteNada como ser mulher.
ReplyDeleteE com muito orgulho!
;)
Ja conseguimos muito, mas a luta continua..
ReplyDeleteTina obrigada pela particpaçao.
Beijos
Meire
Eu também fiz post sobre a mulher. Concordo com tudo o que está aqui neste texto. Estou com as mulheres nesta luta. Carpe Diem.
ReplyDeleteSó a mulher pode dar à luz, então nada mais é necessário dizer :)
ReplyDeleteBeijos e um abraço apertado.
A nossa luta tem que ser diária, não podemos apenas reclamar, e cruzar os braços.
ReplyDeleteIsso não faz parte da natureza feminina.
Muito se tem que conquistar, então fiquemos de mangas arregaçadas, e lutemos.
um beijo
Tina. excelente sua participacao nessa coletiva. Colocaste o tema de forma bastante clara e objetiva. Adorei a forma em que colocaste as vaias faces da palavra resistencia.
ReplyDeletePerfeito ! Concordo em absoluto !
So me restar deixar beijos feministas para ti,
Lys