"É tão natural que eu te possua
é tão natural que tu me tenhas,
que eu não me compreendo um tempo
houvesse em que eu não te possuísse
ou possa haver um outro
em que eu não te tomaria.
Venhas como venhas,
é tão natural que a vida
em nossos corpos se conflua,
que eu já não me consinto
que de mim tu te abstenhas
ou que meu corpo te recuse
venhas quando venhas.
E de ser tão natural
que eu me extasie ao contemplar-te,
e de ser tão natural que eu te possua,
em mim já não há como extasiar-me
tanto a minha forma
se integrou na forma tua."
é tão natural que tu me tenhas,
que eu não me compreendo um tempo
houvesse em que eu não te possuísse
ou possa haver um outro
em que eu não te tomaria.
Venhas como venhas,
é tão natural que a vida
em nossos corpos se conflua,
que eu já não me consinto
que de mim tu te abstenhas
ou que meu corpo te recuse
venhas quando venhas.
E de ser tão natural
que eu me extasie ao contemplar-te,
e de ser tão natural que eu te possua,
em mim já não há como extasiar-me
tanto a minha forma
se integrou na forma tua."
Affonso Romano de Sant'Anna é um caso raro de artista e intelectual que une a palavra à ação. Nasceu em Belo Horizonte em 1937 e desde os anos 60 teve participação ativa nos movimentos que transformaram a poesia brasileira, interagindo com os grupos de vanguarda e construindo sua própria linguagem e trajetória. E é casado com a jornalista Marina Colasanti: linda dupla, não?
Ele tem mais de 40 livros publicados, além de ter sido professor em diversas universidades brasileiras - UFMG, PUC/RJ, URFJ, UFF, bem como no exterior - Universidades da Califórnia, Universidade de Köln na Alemanha e Aix-en-Provence em França.
Escreveu diversos artigos para jornais e como cronista no “Jornal do Brasil”, em 1984 substituiu ninguém menos do que Carlos Drummond de Andrade - que foi também objeto da sua tese de doutoramento (UFMJ), intitulada:"Drummond, o gauche no tempo", que mereceu quatro prêmios nacionais.
E foi também o criador do Sistema Nacional de Bibliotecas, que reúne 3.000 instituições e o PROLER ( Programa de Promoção da Leitura), que contou com mais de 30 mil voluntários e estabeleceu-se em 300 municípios em 1991 lançou o programa “Uma biblioteca em cada município” e teve vários textos convertidos em teatro, balé e música e tem diversos CDs de literatura gravados com sua voz e na voz de atores diversos.
Ele tem mais de 40 livros publicados, além de ter sido professor em diversas universidades brasileiras - UFMG, PUC/RJ, URFJ, UFF, bem como no exterior - Universidades da Califórnia, Universidade de Köln na Alemanha e Aix-en-Provence em França.
Escreveu diversos artigos para jornais e como cronista no “Jornal do Brasil”, em 1984 substituiu ninguém menos do que Carlos Drummond de Andrade - que foi também objeto da sua tese de doutoramento (UFMJ), intitulada:"Drummond, o gauche no tempo", que mereceu quatro prêmios nacionais.
E foi também o criador do Sistema Nacional de Bibliotecas, que reúne 3.000 instituições e o PROLER ( Programa de Promoção da Leitura), que contou com mais de 30 mil voluntários e estabeleceu-se em 300 municípios em 1991 lançou o programa “Uma biblioteca em cada município” e teve vários textos convertidos em teatro, balé e música e tem diversos CDs de literatura gravados com sua voz e na voz de atores diversos.
Affonso recebeu algumas das principais comendas brasileiras - Ordem Rio Branco, Medalha Tiradentes, Medalha da Inconfidência, Medalha Santos Dummont. Agindo e sendo. (fonte)
Sant´Anna escreve coisas lindas: de dentro / para dentro do coração. Para os que amam verdadeiramente. Para quem de verdade - SENTE!
Sant´Anna escreve coisas lindas: de dentro / para dentro do coração. Para os que amam verdadeiramente. Para quem de verdade - SENTE!
Eu ficaria falando / escrevendo dele e de poesia a tarde toda, mas não gosto de posts longos, portanto fica por aqui demonstrada a minha escolha em matéria de poesia / poeta e também a minha contribuição à blogagem coletiva chamada pela querida amiga Lunna. Junte-se a nós !
A semana é sempre linda quando começa com poesia.beijos e boa semana a todos,
Tina
Bela postagem, sensível escolha. Isso que dá ter coração apaixonado, transborda amor, espetáculo amadamiga.
ReplyDeletelindo seja seu dia Tinavózinha
beijos de loviú
Uia que lindo isso.
ReplyDeleteVerdade, não dá para imaginar um tempo sem meu amor, tudo era muito cinzento.
Um beijo linda.
Tina, eu amo o Affonso! Essa eu decorei: "Limites do Amor" - um trecho para não pesar (rs*)
ReplyDelete"O amor não se mede
pela liberdade de se expor nas praças
e bares, em empecilho.
É claro que isto é bom e, às vezes,
sublime.
Mas se ama também de outra forma, incerta,
e este o mistério:
- ilimitado o amor às vezes se limita,
proibido é que o amor às vezes se liberta"
Boa semana! Beijus
É bonito sim. E você tem razão, começar a semana com poesia é bom demais.
ReplyDeleteUm beijão.
Tina, tb Abri Aspas para a Lunna.
ReplyDeletebjs
Realmente a semana começa bem melhor,rssss
ReplyDeleteBeijos!!
...E encantou-me a tua...
ReplyDeleteDoce beijo
Lindo demais, Tina!
ReplyDeleteBelíssima escolha, belíssima participação na blogagem que eu lerdinha não sabia...hahaha
Um beijo, querida e ótima semana!
Sentimento e paixão. Belos ingredientes para uma óptima escolha.
ReplyDeleteVoltarei aqui
Tina querida estou conhecendo tantos autores novos, estoou adorando... bjs e uma ótima semana!
ReplyDeleteTina, foi doce ler essa poesia tão linda. Beijocas
ReplyDeleteMuito bonito Tina! Não conhecia ela... Passei a conhecer e gostei das poesias :)
ReplyDeletebeijos meus
Tina, linda escolha, apesar de eu nao conhecê-lo. Essa blogagem tem isso de bom. Nos educar no mundo da poesia.
ReplyDeleteGrande beijo
Muito obrigada pelo presente.
ReplyDeleteAbraços.
Eliana Alves
Adorei a ideia e otima escolha!
ReplyDeleteSurpreendi-me ao ver o autor.
ReplyDeleteExcelente escolha. tive o prazer de assistir à exposição do "Gauche". Muito bom.
beijo, menina
ah, que agora vc. me fez lembrar de um tempo que passou... e deixou tanta saudade!
ReplyDeletedevorei Affonso e Marina com mesma intensidade!
bj, Tina!
Oi Tina
ReplyDeleteArrasou.
Nao sabia que era casado com a Marina Colasanti.
Beijinhos, parabens e boa semana.
Muito intenso mesmo!
ReplyDeleteeu não gosto de poemas, mas eu gostei desse!
ReplyDeletebeijos
e fica mais linda ainda com uma poesia desse naipe.
ReplyDelete/(,")\\
./_\\. Beijossssssssss
_| |_.................
Eu conhecia o poeta, mas não a obra. Linda poesia, obrigado! Boa semana, amiga.
ReplyDeleteBelíssimo poema. Deve ter sido difícil encontrar o texto certo para colocar pq no caso dele são todos certos.
ReplyDeleteAbraço
Q lindo!!!!
ReplyDeleteDispensa qq comentário!!
Bela escolha.
Bjinhos.
Tina,
ReplyDeletenão gosto de poesia,
mas gosto de você.
E põe não gostar (e GOSTAR) nisso.
Boa noite Tina, mil desculpas, eu estive aqui e li, mas acho que na correria de ler todos os blogs, acabei não comentando. Nossa! Mas eu jurava que tinha feito isso...
ReplyDeleteEu copiei o poema e levei comigo porque adorei. Sabe aquelas poesias que te calam fundo na alma? E até observei em seguida que alguém havia postado sobre o mesmo poeta que você.
Fiquei sem graça...
Bem, agora cá estou eu e claro que vou agradecê-la por ter participado da Abre Aspas e aproveito para deixar-te um verso, eles me permitem silenciar e quem sabe leva a ti um sorriso gostoso:
Gotas que se perdem por aí
...sem destino certo!
Apenas gotas...
Apenas chão...
Apenas um sorriso na vidraça
...de uma alma embebecida,
Pelo cenário sem canção.
...sem pássaros
...sem passos
Apenas janelas de vidraças debruçadas
E um silêncio de quem ouve o sono chegando
...e fecha a cortina num soluço rápido!
A chuva?Essa fica do lado de fora da face...
Ah, que clima maravilhoso Tina... só poesias!
ReplyDeleteSua participação foi belíssima e esse poema de Affonso Romano de Sant'Anna é de uma sensualidade-profundamente natural.
Gostei muito.
Abri recentemente um outro blog de poesias, se quiser poderá encontrá-lo em meu perfil o Viart.
Te espero por lá, e o próximo post será mais "hot", abrilhantado por importantes poetas.
Obrigada pela sua presença em meu espaço.
Bjs
Querida Tina,
ReplyDeleteAs palavras do seu poeta :
"que eu não me compreendo um tempo
houvesse em que eu não te possuísse"
me levaram até Fernando Pessoa:
"Quando te via amei-te já muito antes.
Tornei a achar-te quando te encontrei.
Nasci pra ti antes de haver o mundo.
Não há cousa feliz ou hora alegre
Que eu tenha tido pela vida fora,
Que o não fosse porque te previa,
Porque dormias nela tu futuro."
Esse verso me acompanha desde a adolescência.
Obrigada pela linda postagem, pelo poema e por ter me levado até Pessoa.
Grande abraço!
E é um amor de pessoa, tive o grande prazer de conhece-lo pessoalmente esse ano, atencioso e simpático, sempre disposto a um dedo de prosa (=
ReplyDelete:**